Como estimular os cinco sentidos do bebê

Como estimular os cinco sentidos do bebê

Antes de entender o mundo, o bebê o sente. Por meio de sons, cheiros, gostos e, principalmente, toques, é que ele vai compreender o que acontece à sua volta. E faz isso com o corpo inteiro: mãos, pés, cabeça, boca, língua, ouvidos, olhos… Todas as sensações são integradas com a percepção do seu corpo no espaço. À medida que ele as experimenta, vai construindo a memória de suas vivências. O bebê é um ser ativo, capaz de perceber e comunicar seu estado interior utilizando as sensações físicas, as emoções e os gestos. É por isso que faz sons de satisfação ao mamar ou ao ser pego no colo, relaxa o corpo ao receber uma massagem e demonstra felicidade quando ouve determinada música. O poder do toque Diferente dos outros sentidos, o tato não se concentra em um ponto específico, mas por toda a pele, que é o nosso maior órgão – é ela, aliás, que faz a criança se perceber única, já que delimita seu corpo. Ainda no útero, o bebê já prova a sensação do líquido amniótico em contato com o seu corpo. Inúmeras pesquisas demonstram que o toque é essencial para a construção da identidade e para o desenvolvimento afetivo. Não à toa, se fala tanto na importância do colo e da amamentação para a criação do vínculo. Enquanto mama, o bebê sente o acolhimento da mãe, além de ver sua expressão de ternura e sentir seu carinho – uma explosão de estímulos. Mas é claro que todos os sentidos são igualmente importantes. Veja a seguir algumas dicas para estimulá-los: Tato – A shantala, massagem indiana feita em bebês a partir de 1 ano, é um momento especial de interação e ajuda a criança a relaxar. Use óleo ou creme hidratante infantis e aproveite esses minutos ao lado do seu filho. – Estimule a pele do bebê com pinceis bem macios de diferentes tamanhos, uma pena ou tecidos molinhos. – Forre o chão com tecidos diferentes para a criança brincar. Dá para usar tule, seda, cetim e o que mais sua imaginação permitir. – Quando começar a oferecer alimentos, deixe-o brincar com a comida na mão e experimentar temperaturas diferentes e consistências variadas. Faz sujeira, mas vale a pena! Visão – Esse é um sentido que deve ser trabalhado junto com o tato, porque o bebê antecipa com os olhos o que vai conhecer com as mãos. Mostre e depois ofereça a ele objetos de tamanhos e cores diferentes, variando a distância. –  Quando nasce, o bebê tem a vista embaçada e vê o mundo fora de foco. Nessa fase, o contraste de cores, como branco e preto, é interessante. Em vez de móbiles supercoloridos, por que...

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Dentes de leite: o que fazer quando eles amolecem e caem?

Dentes de leite: o que fazer quando eles amolecem e caem?

Caiu… E agora? Quando a criança perde os primeiros dentes de leite, muitos pais guardam de recordação, transformam em pingentes ou estimulam a o filho a colocá-lo embaixo do travesseiro, à espera da fada do dente. No entanto, a ciência oferece outras possibilidades (muito nobres!) de destino para esse pedacinho do seu filho. Você pode, por exemplo, guardar o dente extraído em um recipiente com soro fisiológico, dentro de uma caixinha de isopor com gelo, e encaminhá-lo para uma universidade de odontologia da sua cidade. Muitas instituições recebem essas doações, que são úteis para diferentes tipos de pesquisa e para o estudo da anatomia durante as aulas. Outra possibilidade é entrar em contato com laboratórios ou universidades que realizam pesquisas com células-tronco. A instituição enviará à família ou ao consultório do odontopediatra responsável pela extração um recipiente específico, com um líquido usado exclusivamente para conservar os tecidos da polpa do dente (a parte encontrada no centro da raiz, onde possivelmente há tecidos com células-tronco). “As pesquisas com célula-tronco estão cada vez mais avançadas. Aquelas encontradas na polpa dos dentes contam com a facilidade de acesso, já que o dente cai naturalmente”, explica Marcelo Bönecker, professor de Odontopediatria da USP (Universidade de São Paulo), uma das primeiras instituições a criar um banco de dentes para receber as doações. É de lá o Projeto Fada do Dente, focado em pesquisas sobre o autismo infantil. Vale lembrar que, se a criança precisar extrair um dente permanente por algum outro motivo, ele também pode ser doado – sua polpa contém células-tronco do mesmo jeito. Além da USP, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade de Ribeirão Preto são algumas das instituições que recebem doações. “Trabalhos recentes mostram que essas células oferecem grandes possibilidades de sucesso em tratamentos de doenças como lúpus e diabetes”, aponta o professor. Os pais interessados podem contratar um laboratório para armazenar os dentes de leite do filho, assim como se faz com o cordão umbilical. O material será, então, congelado e ficará à disposição da criança, caso ela precise de um tratamento desse tipo no futuro. Para isso, é preciso desembolsar cerca de R$ 1.800 para a contratação do serviço e R$ 400 por ano para manutenção do dente. A fase da janelinha Toda criança passa por ela. Algumas encaram o período com bom humor, outras sofrem e sentem vergonha, mas o fato é que a troca faz parte do desenvolvimento e é normal. “Hoje isso tem acontecido mais cedo. Os primeiros dentes caem por volta dos 5 ou 6 anos de idade. As meninas costumam passar por esse processo um pouco...

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Pesquisa revela: a qualidade do tempo com as crianças é mais importante do que a quantidade

Pesquisa revela: a qualidade do tempo com as crianças é mais importante do que a quantidade

Você escolheu seguir com a carreira em vez de se dedicar exclusivamente aos filhos? Tudo bem, não precisa se culpar e nem se cobrar tanto. Uma grande pesquisa recém-publicada, liderada pela Universidade de Toronto, descobriu que a quantidade de tempo que os pais passam com os filhos não tem relação com o que ela se tornará ou com o que sentirá no futuro (conquistas acadêmicas, comportamentos, sentimentos e bem-estar). A qualidade da relação é o que conta de verdade. Outra conclusão interessante é que, apesar de não parecer, as mães de hoje passam muito mais tempo de qualidade com as crianças do que antigamente. Em 1975, por exemplo, a mulher dedicava, em média, 7 horas aos filhos durante a semana. Em 2010, esse número subiu para 13 horas semanais. O estudo destaca ainda que, quando as mães estão estressadas, ansiosas e agitadas por conta do trabalho, isso é transmitido para a criança. Portanto, no momento de se dedicar à brincadeira com o seu filho, concentre-se totalmente nele, divirta-se e tente esquecer o mundo lá fora. Isso significa abandonar celular, TV, telefone… A pesquisa O estudo em questão teve início em 1968 e avaliou mais de 6 mil famílias. “Nós pesquisamos se a quantidade de tempo que as mães dedicam aos filhos tem relação com o bem-estar das crianças (de 3 a 11 anos) e dos adolescentes (12 a 18). Observamos duas variáveis: por quanto tempo a mãe de fato se envolvia com o filho e quanto tempo ela estava apenas próxima dele, mas sem participar diretamente das atividades”, explica à CRESCER a cientista Melissa Milkie, que conduziu a pesquisa. A conclusão, segundo Melissa, é que “a quantidade de tempo que a mãe passa com a criança não tem relação com a saúde emocional, com o comportamento, ou com o desempenho escolar até os 11 anos”. Já entre os adolescentes, o resultado foi diferente. “Com os jovens, nós descobrimos que quanto mais tempo a mãe dedica a eles, mais difícil será eles apresentarem mau comportamento. Também descobrimos que o ‘tempo em família’ (aquele em que pais e jovens fazem atividades juntos) está ligado a uma boa saúde mental e desempenho escolar”, diz a pesquisadora. Matéria original postada em Revista...

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